Casos específicos de alimentação restrita ou bem particulares da família são muito acolhidos por nós e pela comunidade. Os pais vivem trocando receitas apropriadas quando compartilhamos que uma das crianças, por exemplo, não pode comer ovo. E daí, elegemos a receita escolhida para fazermos sempre, para todos. Algo que também desejamos compartilhar é que o ritmo dentro da escola, tanto o social quanto o movimento de organizar a energia das crianças é algo muito importante na dinâmica de se alimentar. Fazemos culinárias semanalmente inseridas no planejamento das turmas. As crianças vão lidando com os alimentos, plantando, separando as sementes, vivenciando a transformação e a alquimia da cozinha.
 
Assim, o "comer" não se isola da sensação de bem-estar, abrindo portas escancaradas para a experimentação dos sabores ou mesmo "raspar o prato", como dizemos informalmente. Sentar a mesa com os colegas, com a professora, ajudar a servir, ir buscar na cozinha uma colher que faltou, agradecer pelo alimento e comer! Todo um contexto ao redor desse lugar de destaque que o alimento tem, faz parte da nossa responsabilidade pedagógica, que enraíza bons hábitos.